Mas a real é que a gente nunca decide o que fazer nessas situações.
Eu já voei tanto, caí tanto e doeu tanto que nunca mais pulei de grandes alturas. Esse período me serviu para cuidar e praticamente reconstruir minhas asas machucadas.
Na verdade ainda não sei se estou pronto. Na verdade eu já não sei, também, nem se meus pés ainda estão no chão.
A primeira providência para voltar a voar seria achar condições propícias para um vôo seguro, ao contrário dos meus vôos anteriores. E essa etapa eu já pulei.
É por consequência desse pulo que minha cabeça recebe diárias e inconscientes doses de "você não pode pular!".
Que sina de só querer lugares difíceis para voar. A culpa não é minha, juro! Tudo estava tranquilo quando cheguei. O tempo virou e eu não pude fazer nada, mas, ainda assim,
Afinal, apesar das condições adversas, eu senti e sinto certa segurança, além de ter adorado o novo local.
Foi aí que eu me vi lá no alto, na beirada, e não sabia se me jogava, se descia ou blá blá blá.